quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

2015, a volta do blog

5 pra meia-noite e estávamos na casa do vovô, a uma quadra e meia da praia. 'Mães estão sempre atrasadas', você pode pensar. Mas não, não é isso. Estávamos exatamente onde ficaríamos. Nina passou mal e teve seu primeiro episódio de vômito em seus lindos 2 anos e 9 meses de vida. nem quando era bebê ela gorfava.
Me vi então na minha recente carreira de mãe solo, com um lindo vestido novo amarelo-prosperidade (já de zíper aberto para facilitar o trabalho do mamágico que pretende resolver tudo), passando por essa novidade com uma calma improvável.
Desde que nasceu, a receita para resolver todos os problemas que tivemos foi mamá, colo, carinho. Às vezes um paracetamol, ou panos molhados. Mas dessa vez, o leite não parecia boa opção, nem água parava no pequeno estômago irritado. Então, o que fazer senão seguir com os outros elementos da minha receita infalível? Colinho, amor, paciência.
E balde. Pra nós duas, porque um pouco depois que todos saíram em busca das 7 ondinhas fui eu quem começou a vomitar como um aprendiz de marinheiro.
Toda mãe sabe o aperto que dá no peito ver a cria cabisbaixa e não poder resolver. E eu tenho aqui um exemplar cheio de empatia e delicadeza cuja preocupação foi ter sujado o vestido bonito da mamãe. Oi? Que vestido filha? Ah, esse? Não tem importância nenhuma, depois a mamãe lava, depois a mamãe usa, depois a mamãe faz uma festa de réveillon só nossa.
Eu sempre achei que datas como esta são demasiadamente humanas para serem  levadas em consideração. Não que não gostasse da farra toda, mas era como um pretexto, nada a que me apegasse fortemente. Só que no dia 31, mais cedo, me veio às mãos um texto muito legal sobre sincronicidade jungiana e réveillon, que falava sobre como o fato de tantas pessoas estarem vibrando esta renovação a que o ano-novo remete faz sim uma grande diferença, já que conseguimos influenciar o mundo ao nosso redor, em maior ou menor intensidade de acordo com nosso desenvolvimento, de modo surpreendente. E nessa data quase todo o planeta está focado nessa mudança simbólica e esse clima nos afeta. 
Então, em vez de lamentar por ter ficado em casa na virada, resolvi aproveitar a atmosfera de mudança e renovação para reativar o blog. Espero dividir com vocês boas reflexões. Usem os comentários para trocarmos ideias.
Vamos nos jogar em 2015!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lá vêm os 2 anos!

  Faz tempo que não escrevo aqui e nesse hiato muitas coisas aconteceram, uma delas foi nossa viagem a Brasília no fim do ano para visitar parte da família paterna que não via a pequena desde os 4 meses. Esse reencontro gerou muitas expectativas em toda a família, nos perguntávamos se ela estranharia as pessoas, o ambiente, o clima, a comida. E eu temia que tentassem dar muitas porcarias pra ela, que fôssemos criticados por ter um estilo de criação diferente (sem açúcar, com afeto rs) ou que ela não fosse bem recebida pelo priminho de 2 anos e meio que mora lá e tinha um histórico de morder/bater. 
  Chegando, logo ficamos tranquilos, Nina aterrissou já abrindo um grande sorriso e derramando sua
simpatia usual derretendo os coraçõezinhos de toda a família. É claro que ela queria sempre ficar por perto de mim ou do pai, e não topava ir no colo de todo mundo que queria pegá-la, mas depois, refletindo sobre o assunto, percebi que isso é uma coisa boa, ela escolher com quem quer ir e ser respeitada em relação a isso. Na minha opinião, quem tem que conquistar a criança é o adulto, não adianta você querer que uma criança entenda que deve confiar ou gostar de alguém se a pessoa não "fizer por onde", não se envolver com o pequeno em uma atividade, não tiver paciência na aproximação.
  Por fim tivemos uma semana maravilhosa, cheia de diversão, convivência com amiguinhos de várias idades e ficaram a saudade e a vontade de voltar com mais frequência.

 Outra novidade é que, não mais que de repente, faltam menos de 2 meses para o aniversário da Ninoca e todas as ideias incríveis que eu filtrei durante o ano precisam tomar forma e acontecer. Estou fazendo pessoalmente uma decoração simples e lembrancinhas divertidas, vou chamar muitas crianças e o lugar escolhido foi novamente um parque. Aguardem posts específicos sobre a festa...

  Para terminar esse retorno preciso dizer que enquanto nos aproximamos dos 2 anos sigo correndo atrás de informação para lidar com as fases da Nina da melhor maneira possível e não pude deixar de me deparar com muitos textos sobre o terrible two e como lidar com birras, mas li muito pouco sobre como esta fase é incrivelmente rica. 
Eu sinto que ela se desenvolve numa velocidade absurda, juntando os termos para formar uma oração completa (a linguista em mim pira!), também já consegue encaixar com destreza aqueles malditos bloquinhos geométricos que ganham de presente a partir dos 6 meses (o fabricante recomenda para essa idade apenas pra extorquir tios desavisados, não conheço nenhum bebê de 6, 7 ou 8 meses que faça mais do que levá-los à boca), se encanta com lápis de cor, giz de cera, canetas e canetinhas, pega seus livrinhos e passa as páginas contando na língua dela a historinha, vem nos encher de beijos e carinhos em momentos que nem esperamos, tem vontade própria pra se vestir, para tomar banho, brinca encantadoramente de faz de conta fingindo que o armário da cozinha é um micro-ondas de onde tira a comida quente e vem nos oferecer esperando que queimemos a língua para então dar deliciosas gargalhadas da nossa cara...
  Sigo aprendendo a tratá-la sempre como uma pessoa inteira, que merece ser ouvida e não apenas obedecer e isso facilita muito o dia a dia. Exemplos:
Dou duas opções de roupa para ela escolher
Pergunto se posso amarrar o cabelo
Deixo escolher um brinquedo pra levar quando saímos
Pergunto qual fruta ela quer antes de descascar ou picar
Se ela não quer tomar banho num determinado momento deixo pra mais tarde
Tento sempre prepará-la para o que vai acontecer, explicando aonde vamos, quem vai estar lá, se é alguma comemoração
Ou mesmo as atividades comuns (daqui a pouco vamos comer, vamos no parque mas depois a mamãe tem que trabalhar, com quem você vai ficar quando a mamãe for trabalhar?)
   Essa fase tem sido de descoberta da própria identidade e da extensão do seu poder e essas são coisas que quero muito que ela desenvolva então é nisso que penso quando a paciência quer me deixar. 


domingo, 13 de outubro de 2013

Dia das Crianças com + cultura e - consumo

   Nosso fim de semana do Dia das Crianças deste ano foi bastante cultural. Começamos na sexta, indo conhecer o Sesc Belenzinho, onde fomos apresentados através da interpretação do Hélio Ziskind ao álbum "Meu Primeiro Amor", que Nara Leão gravou em 1975, para o público infantil. Recomendo sinceramente e reproduzo aqui palavras de Nara, no verso da capa: 
   "Meu Primeiro Amor é o pai e a mãe da gente; depois, o primeiro amor de adolescente; até o novo primeiro amor, o dos meus filhos, e o amor deles pela mãe, que também é o primeiro. E assim o círculo se fecha. São estas as músicas que canto para Francisco e Isabel dormirem. Depois de ter esgotado meu repertório cantando tudo que sabia, fui buscar na minha memória esse novo velho."


  Nina curtiu demais o show, dançou, bateu palmas, interagiu com um monte de crianças, comeu as delícias do coquetel, enfim, saiu realizada. De quebra ainda visitamos a exposição "Genesis", do fotógrafo Sebastião Salgado, que registra imagens belíssimas de uma natureza intocada, com uma luz de tirar o fôlego, nos lembrando o que ainda há para ser preservado. E quem acha que uma criança de 1 ano e meio não sabe apreciar uma exposição mudaria de ideia se visse o olhar encantado de Nina para as obras.



   No sábado, planejamos um dia bem divertido, fomos ao evento Baguncinha, cujo nome traduz com bastante eficiência o espírito da atividade... Achei que Nina iria chegar se jogando nas tintas, mas, em vez disso, ela estava era morrendo de sono, demorou para entrar na brincadeira e deixou pai e mãe levemente frustrados... Só depois de um revigorante cochilo e quase no final da farra foi que ela se envolveu com sua habitual simpatia...

  E para finalizar o dia, nosso grande compromisso era assistir ao show do Palavra Cantada, que nós amamos. Já tínhamos assistido a um no Centro Cultural São Paulo, com o coral das crianças que ensaiam lá mesmo, outro na Viradinha Cultural e ainda um particularmente especial com a OSESP, na Sala São Paulo. Desta vez foi no HSBC, entre as primeiras mesas, uma produção incrível, não tem como não gostar. No repertório, clássicos como "Sopa", e "Rato" e "Menina Moleca" garantiram o coro da plateia. 


   Domingo a cidade estava cheia de shows para os pequenos, mas com a lição aprendida no dia anterior resolvemos ficar em casa e deixar a menininha descansar à vontade e curtir o melhor presente: a companhia do papai e da mamãe!

   Aqui em casa acreditamos que um objeto, por mais legal que ele seja, não é melhor regalo que a sensação de se divertir em um passeio cheio de risadas, música e bom humor. E bem longe dos shoppings lotados com suas atividades de fundo publicitário feitas para atrair toda família com o intuito de fazer as pessoas gastarem até o que não têm.













terça-feira, 24 de setembro de 2013

Farra na cozinha: Bolo de Banana Sem Açucar


 O post de hoje é pra quem gosta de bagunça... E também pra quem curte uma alimentação saudável... E ainda pra quem se interessa pela ideia montessoriana de incluir atividades da vida prática nas brincadeiras e aprendizados das  crianças. 
 Aproveitando essa cidade do interior imaterial que é a blogsfera materna, consegui esta receita com uma amiga do grupo de Festa Infantil Ecológica do Facebook e logo corri pra testá-la com a Nina. É um delicioso Bolo de Banana Sem Açúcar:

Ingredientes:

6 ou 7 bananas nanicas bem maduras
4 ovos
1/2 copo de óleo
150g de passas sem sementes
2 copos de aveia em flocos finos
1 colher de fermento em pó

Modo de fazer:


Bata as bananas, os ovos e o óleo no liquidificador ou mixer. Misture os outros ingrdientes com uma colher e asse em forma untada ou forminhas de cup cake.


Descascou as bananas


Brincou com as cascas dos ovos, amassando e sentindo a textura
Agora as passas


Mexe um pouquinho



Ta ficando bom
Agora com as mãos

Ainda lavou a louça


Ficou assim!



 Não dá pra perceber que não tem açúcar. Foi um sucesso entre a família e ainda repetimos a dose no aniversário do vovô que é diabético.


domingo, 4 de agosto de 2013

Persistência e superação: nosso relato de amamentação #SMAM 2013

  
Do dia 1º ao dia 7 de agosto acontece a SMAM 2013, Semana Mundial da Amamentação, e o Tinha uma Mãe Dentro de Mim não poderia ficar de fora.
  Eu sempre soube que ia amamentar, um pouco porque tinha guardado na mente as mensagens de campanhas do governo (quem disse que eles nunca acertam?) e sabia que fazia bem pra saúde do bebê, e um muito porque em casa sempre ouvi que eu e meu irmão havíamos mamado até quase dois anos e isso simplesmente me parecia o natural, mas quando a Nina nasceu, as coisas não foram tão simples quanto pareciam na minha cabeça.
  Até por achar que aconteceria naturalmente, não fui muito atrás de informações sobre amamentação durante a gravidez e, quando a pequena nasceu, eu a colocava no peito e ela nada de mamar. E o pouco que ameaçava sugar, gerava uma dor que eu não estava esperando... Isso seguiu acontecendo pelos três dias que passei na maternidade gerando um início de pânico na mamãe aqui. As enfermeiras, sempre muito atenciosas, iam até o quarto me orientar, ensinaram como deveria ser a posição da boquinha, a acordar a bebê enquanto estivesse no peito (coisa que hoje eu não faria, quer dormir deixa, pô, se quisesse mamar acordava!) mas a menininha nada. Depois elas mesmas me tranquilizaram dizendo que se ela não mamava era porque não tinha fome ainda, deve ter nascido cheia de reservas nutricionais de tanto que eu comi na gravidez. rsrs O meu obstetra passou o spray de nariz para o leite descer e fomos nós pra casa, insegurança rolando solta, cheia de dor por causa da cesárea e já usando os mamilos de silicone para proteger os bicos dos quais eu seria dependente por algum tempo.
  Eis que ao chegar em casa, a mocinha desencantou e passou a mamar com voracidade, porém.... Eu era uma infeliz portadora de mamilos invertidos, que nunca me haviam incomodado até aquele nutritivo momento, e agora doía muito, mas muito, dar mamá pra minha filha.
  Passei a bendita pomada importada maravilhosa, e nada. Em vez da bela cena que havia imaginado, a amamentação tornou-se um martírio. Aos prantos procurei meu obstetra dizendo que não aguentava de dor e ele receitou Nebacetin, mas a bebê não podia entrar em contato com a pomada, então eu precisava limpar com soro e usar os bicos de silicone antes das mamadas... Também descobri a maravilhosa concha que faz os bicos saltarem, que eu gostaria com todas as forças que me tivesse sido apresentada durante a gravidez... Mesmo assim demorou o que pareceu uma vida para os mamilos cicatrizarem e eu me tornar uma expert na arte. Chegou a sangrar, uma única vez, enquanto ela mamava. Foram muitas noites chorando diante dos olhos compadecidos do meu parceiro, que não sabia o que fazer pra ajudar além de acordar num pulo pra procurar o danado do bico transparente, que sempre sumia na hora que a bebê acordava querendo mamar, e trazer muitas garrafas de água.
Quando ela fez 2 meses é que a dor passou a ser apenas um incômodo e depois menos que isso, até ficar tão distante que hoje eu até tive dificuldade de escrever este texto porque já nem me lembrava muito bem.
Apesar de todos os obstáculos do início, eu nunca pensei em desistir, porque tive o apoio da minha família, mas poderia ter passado por isso com mais tranquilidade se tivesse na época a rede de contatos maternos que tenho hoje, para dividir a angústia e aprender a lidar com as dificuldades.
  Por toda esta experiência hoje faço questão de amamentar prolongadamente, para o bem da minha filha, porque eu me esforcei e me superei para ser nutriz, porque é parte do meu lado bicho que cresceu com a maternidade e porque cada olhar que recebo da Nina nesses momentos tão íntimos e plenos de amor é um tesouro só meu, um segredo tão nosso que nem posso explicar.




sábado, 13 de julho de 2013

Brincadeiras feitas em casa



Garrafas da descoberta - a nossa primeira, fizemos com 1 parte de óleo de bebê transparente para 1,5 parte de água misturada com duas gotas de corante alimentício. Dá um efeito bem bonito e desperta a curiosidade dos bebês. Tem que selar bem a tampa, com cola quente ou muuuuita fita adesiva pro bebê não abrir e beber.





 Potes sensoriais- Peguei 5 potes transparentes e coloquei elementos de diferentes texturas para ela experimentar: nozes picadas, cubos de pera , biscoito água e sal quebrado, farinha de milho em flocos e água. Fiz quando ela tinha 1a e 2m.
Potes sensoriais


Começou tímida
Depois meteu a mão
Sentindo as texturas se misturarem


Garrafa para encaixe- Bem simples, 1 garrafa vazia e quantos lápis e canetas coloridos você encontrar. Pode ser feito com palito de churrasco, ou canudos, o que você tiver à mão. Primeiro você faz e a criança observa, depois você segura a garrafa e ajuda a encaixar, e depois é a vez dela fazer sozinha. Fizemos com 1a e 3m.
Concentradíssima
                 

Cofrinho- Cofrinho de metal que já tinha em casa e moedas feitas com papelão de caixa de pomada e remédios. Com o mesmo intuito da anterior, desenvolver a motricidade fina, movimento de pinça que mais tarde será usado para a escrita. Fiz com 1a e4m.








sábado, 6 de julho de 2013

Super-heroína feita em casa.

Nina foi convidada para uma festinha com tema super-heróis, mais do que rapidamente me animei para criar uma fantasia exclusiva para minha pequena.

Usei uma camiseta velha que estava de bobeira, da qual tirei um retângulo.




Cortei as quinas de cima do retângulo e costurei de maneira bem amadora uma fita de cetim na borda .


Desenhei o símbolo da SuperNina com lápis e depois reforcei com caneta, usei hidrocor, mas o ideal é caneta para tecido, porque assim você pode lavar sem medo.



Depois preenchi com tinta com glitter usando o dedo mesmo


E ficou assim


O uniforme foi uma calça branca, blusa azul

 e, por cima, um maiô azul mais claro e uma faixa na cabeça.


Prontinha para salvar o mundo e exercitar sua criatividade!