segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lá vêm os 2 anos!

  Faz tempo que não escrevo aqui e nesse hiato muitas coisas aconteceram, uma delas foi nossa viagem a Brasília no fim do ano para visitar parte da família paterna que não via a pequena desde os 4 meses. Esse reencontro gerou muitas expectativas em toda a família, nos perguntávamos se ela estranharia as pessoas, o ambiente, o clima, a comida. E eu temia que tentassem dar muitas porcarias pra ela, que fôssemos criticados por ter um estilo de criação diferente (sem açúcar, com afeto rs) ou que ela não fosse bem recebida pelo priminho de 2 anos e meio que mora lá e tinha um histórico de morder/bater. 
  Chegando, logo ficamos tranquilos, Nina aterrissou já abrindo um grande sorriso e derramando sua
simpatia usual derretendo os coraçõezinhos de toda a família. É claro que ela queria sempre ficar por perto de mim ou do pai, e não topava ir no colo de todo mundo que queria pegá-la, mas depois, refletindo sobre o assunto, percebi que isso é uma coisa boa, ela escolher com quem quer ir e ser respeitada em relação a isso. Na minha opinião, quem tem que conquistar a criança é o adulto, não adianta você querer que uma criança entenda que deve confiar ou gostar de alguém se a pessoa não "fizer por onde", não se envolver com o pequeno em uma atividade, não tiver paciência na aproximação.
  Por fim tivemos uma semana maravilhosa, cheia de diversão, convivência com amiguinhos de várias idades e ficaram a saudade e a vontade de voltar com mais frequência.

 Outra novidade é que, não mais que de repente, faltam menos de 2 meses para o aniversário da Ninoca e todas as ideias incríveis que eu filtrei durante o ano precisam tomar forma e acontecer. Estou fazendo pessoalmente uma decoração simples e lembrancinhas divertidas, vou chamar muitas crianças e o lugar escolhido foi novamente um parque. Aguardem posts específicos sobre a festa...

  Para terminar esse retorno preciso dizer que enquanto nos aproximamos dos 2 anos sigo correndo atrás de informação para lidar com as fases da Nina da melhor maneira possível e não pude deixar de me deparar com muitos textos sobre o terrible two e como lidar com birras, mas li muito pouco sobre como esta fase é incrivelmente rica. 
Eu sinto que ela se desenvolve numa velocidade absurda, juntando os termos para formar uma oração completa (a linguista em mim pira!), também já consegue encaixar com destreza aqueles malditos bloquinhos geométricos que ganham de presente a partir dos 6 meses (o fabricante recomenda para essa idade apenas pra extorquir tios desavisados, não conheço nenhum bebê de 6, 7 ou 8 meses que faça mais do que levá-los à boca), se encanta com lápis de cor, giz de cera, canetas e canetinhas, pega seus livrinhos e passa as páginas contando na língua dela a historinha, vem nos encher de beijos e carinhos em momentos que nem esperamos, tem vontade própria pra se vestir, para tomar banho, brinca encantadoramente de faz de conta fingindo que o armário da cozinha é um micro-ondas de onde tira a comida quente e vem nos oferecer esperando que queimemos a língua para então dar deliciosas gargalhadas da nossa cara...
  Sigo aprendendo a tratá-la sempre como uma pessoa inteira, que merece ser ouvida e não apenas obedecer e isso facilita muito o dia a dia. Exemplos:
Dou duas opções de roupa para ela escolher
Pergunto se posso amarrar o cabelo
Deixo escolher um brinquedo pra levar quando saímos
Pergunto qual fruta ela quer antes de descascar ou picar
Se ela não quer tomar banho num determinado momento deixo pra mais tarde
Tento sempre prepará-la para o que vai acontecer, explicando aonde vamos, quem vai estar lá, se é alguma comemoração
Ou mesmo as atividades comuns (daqui a pouco vamos comer, vamos no parque mas depois a mamãe tem que trabalhar, com quem você vai ficar quando a mamãe for trabalhar?)
   Essa fase tem sido de descoberta da própria identidade e da extensão do seu poder e essas são coisas que quero muito que ela desenvolva então é nisso que penso quando a paciência quer me deixar. 


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