quarta-feira, 19 de junho de 2013

Formando uma pequena leitora

Eu sou estudante de letras, então dá pra imaginar a importância que os livros têm na minha vida. Acho que
desde que soube que ia ser mãe me preocupo em passar o gosto pela leitura pra Nina.
Primeiro amor literário
Eis que agora, com 1 ano e 3 meses, ela está apaixonada por um livro pela primeira vez. Apaixonada mesmo. Vê o livro e fica entregando pra gente ler e reler, só para quando escondemos. rs Quando não quer parar quieta para trocar a fralda, o ratinho salva. Chorando por causa da vacina, abro o ratinho e já vejo um sorriso surgirr. Mágico, incrível. Morro de orgulho.

O que eu fiz para chegarmos aqui?

Bom, eu li. Mesmo tendo sido meio engolida pela internet ultimamente, lido muita coisa na tela, tenho sempre um livro por perto. O exemplo é mesmo a melhor maneira de ensinar.

Na casa da vovó ela desde pequena se encanta com uma estante que vai do chão ao teto repleta de lombadas coloridas dos livros do titio.

Desde sempre também eu disponibilizei alguns livros para os quais não ligo muito para ela rasgar e babar manusear sem dó. Agora é difícil de acontecer, mas se ela rasga, um durex resolve. Melhor um livro remendado e amado que um perfeito parado na prateleira.

Antes de 1 ano ela já tinha também um livro de pano e alguns de plástico que eu usava no banho e na hora da comida. (Tá, eu sei que a hora da comida não é bom ter distrações, mas na minha família a gente sempre foi pra mesa com gibis e livros e eu faço assim com a Nina. Me julguem.)

Mais recentemente comecei a contar histórias enquanto ela mama pra dormir, ela fica me olhando com atenção enquanto eu falo, mas eu nem uso livro, só vou contando mesmo. Procuro repetir a mesma história vários dias seguidos. Pode ser um clássico como Chapeuzinho Vermelho ou uma história que seja especial pra você. Aqui eu gosto de contar a lenda japonesa do Momotaro san, o menino pêssego.

Sabe o que é engraçado, que o danado do livro do ratinho nem foi escolhido por mim, veio de presente através de uma promoção do Itaú que tem todo ano para clientes e não clientes, é só pedir pelo site. Eu não ia citar o nome do banco, mas resolvi dizer para apoiar a iniciativa. Os títulos são muito bem selecionados.

O papai salvou do lixo (!) dois livros incríveis há algumas semanas, um ilustrado por crianças indígenas e outro com vários trechos de poesias. Pelo que entendi eram livros entregues pela escola pública. Ainda não são para a idade dela, mas eu adorei! Só me entristece saber que estavam sendo descartados.

Se você tiver algum título que gostou, deixe a sugestão nos comentários. Sempre bom saber o que agrada os pequenos. Não esqueça de dizer a idade do seu filho.




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os protestos em São Paulo e o papel das mães

 Eu queria escrever sobre um livro pelo qual a Nina se apaixonou. Pensei também em postar sobre umas brincadeiras que fizemos inspiradas pelo grupo de Montessori. Mas acontece que tem uma coisa muito grave rolando bem debaixo do nosso nariz e não sai da minha cabeça: a violência praticada pela PM de São Paulo contra os manifestantes que protestam contra o aumento das passagens.
 Não vou entrar a fundo na questão econômica envolvida, nem dizer o que penso de quem acha que R$0,20 não é motivo para as pessoas se manifestarem. O que eu quero é convidar você, mãe, a pensar comigo algumas questões.
 Como nós vamos ensinar nossos filhos em quem confiar depois de ver um policial quebrar o vidro da própria viatura para culpar manifestantes? É realmente inacreditável, mas veja com seus próprios olhos.
 Como vamos educar a próxima geração para construir um mundo melhor se apontamos o dedo em reprovação e julgamos como vândalos os que se unem para lutar por uma causa? Mesmo que ache que existem coisas mais importantes para serem reivindicadas, só o fato dessas pessoas levantarem suas bundinhas e agirem pelo que acreditam já é inspirador! Se você acredita em algo, siga o exemplo em vez de criticar.
 Que mensagem passamos aos nossos filhos quando nos preocupamos mais com o trânsito causado pelo protesto (bem-estar individual) do que com o que se tenta conquistar através dele (bem-estar coletivo)? Acho de um egoísmo sem fim esse discurso sobre os protestos causarem congestionamentos. Como eu li em um dos vários textos sobre o assunto, o show do U2 ou o jogo de futebol também ferram o trânsito, mas não vemos ninguém se revoltando contra isso.
 Por que nos preocupamos em despertar em nossos filhos o gosto pela leitura, mas não questionamos o que lemos? Até ontem grandes jornais como Folha e Estadão diziam: "São jovens predispostos à violência por uma ideologia pseudorrevolucionária" ou "A PM agiu com moderação, ao contrário do que disseram os manifestantes, que a acusaram de truculência para justificar os seus atos de vandalismo." Hoje, diante dos vídeos e dezenas de depoimentos que comprovam que a violência partiu da PM (inclusive contra os próprios jornalistas), provavelmente o tom do discurso será outro. Em que meio de comunicação podemos confiar? De onde tiramos informação para formar nossas opiniões? É um assunto que merece reflexão. Não gosto da ideia de ser levada a ter determinada visão.
 Eu quero ensinar à Nina que ela pode discordar, quero que cresça sabendo que suas atitudes têm poder transformador. Por isso apoio os protestos. O movimento pode até ter começado devido ao aumento das tarifas dos transportes, mas agora já ultrapassou essa questão. Ele diz respeito a qualquer um que seja contra a violência, contra o abuso de poder do Estado, que seja a favor da liberdade de manifestar sua opinião, que acredite que o ser humano deve ser respeitado. Não acabou ainda, e a lição que vai ficar disso tudo depende do apoio que cada um de nós vai dar a essas pessoas que ousaram. Cabe às mães e pais também ensinar o que é ser cidadão.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Festa de 1 ano da Nina


 Desde que a Nina tinha 3 meses eu comecei a pirar em como seria a festa de aniversário, e conforme o dia foi se aproximando a loucura só aumentou, foram noites e noites mergulhando na internet e emergindo com ideias e mais ideias. Mas eu gostei tanto da coisa que mesmo depois de passado o dia eu continuo  colecionando inspirações e dando uma mão para as amigas também. 
 Costumo dizer que, na festa de 1 ano, a mãe de primeira viagem comemora que o bebê sobreviveu. Aquela coisica frágil que dependia 100% de nós está forte e linda. Yes! Conseguimos.
 Então, queremos mesmo comemorar, afinal é 1 ano de nossa nova vida também.
 Vou fazer esse post sobre a festa da Nina, que foi um tanto incomum, e pretendo fazer mais posts no futuro contando os diferentes tipos de festas que eu ajudar a fazer, ou for só convidada também, com a devida autorização das mamães.
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Com baixo orçamento e a vontade de ter uma lista de convidados infinita resolvi fazer um piquenique no parque do Povo, aqui em São Paulo, que tem uma parte coberta bem extensa com um balcão perfeito para montar uma mesa de aniversário sem me preocupar com as águas de março. E o melhor é que essa estrutura fica ao lado do parquinho para as crianças se esbaldarem.



A ideia era que a festa fosse aberta a todos amigos e funcionasse como um convite para que saíssem de casa com a família para curtir, então pedi que cada um levasse um prato para compartilhar em vez de se preocupar com presente. Pedi também que cada um levasse uma caneca ou copo de casa para gerarmos o mínimo possível de resíduo.
O convite, feito por mim, no Paint

Fiz as letras no Paint, imprimi em A4 mesmo, recortei e colei em cartolina e color set, asim como as fotos mês a mês da Nina.


Levei um biombo da minha sogra para servir de background porque o parque não permitia colar nada nas paredes.

Eu fiz cuzcuz paulista

Minha mãe fez sanduichinhos de patê de sardimha 

A bisa da Nina fez carne louca

Outras pessoas levaram biscoito de polvilho, tortas, patês, mas não tenho fotos de tudo porque estava curtindo a festa e nem me preocupei em fotografar cada coisa que chegava, mas posso dizer que foi muita comida. A fartura foi tanta que os funcionários do parque se esbaldaram com a gente, assim como várias crianças que estavam no parque e se aproximavam com curiosidade.

Cupcakes, maçãs ao natural e 'do amor' ...

 
... e uma estrada de lindos e coloridos docinhos. Tudo feito pela minha sogra e minha cunhada.


E meu xodó, o bolo desconstruído que eu nunca sonhei que poderia ter, o mais recheado, o mais molhadinho, o mais amoroso. Um presente da prima boleira que eu nunca vou esquecer.



Comprei as florzinhas secas miudinhas na 25 e enfeitei as garrafas long neck com fitas de cetim. As tags fiz uma a uma com esta antiga régua de fazer desenhos circulares superfácil de usar que eu tinha na infância e achei na 25 também.
A lembrancinha foi uma caixa de lápis de cor com um desenho feito pelo tio da Nina, meu irmão, que desenha demais.




E ainda teve estes saquinhos comguloseimas personalizadas pra levar pra casa que a madrinha do papai preparou pra gente. Servi suco de caju e maracujá em galões de 20 litros daqueles de água, mas também não tenho foto.

Espero que tenham gostado! Aguardem os próximos posts de festinhas. Saibam das novas postagens clicando no botão no canto superior direito.































































































































































































































































































































































































































































































































   

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Como sair com o bebê.

 Todo mundo sempre me pergunta como eu consigo sair tanto com a Nina. É que ela sempre rodou o mundo grudadinha em mim, pra ter uma ideia já foi a bloco de Carnaval, pegou trilha pra chegar à Prainha Branca, vai ao bar assistir a jogos do Peixe, frequenta churrascos e viu uns 5 shows. É, dá muito trabalho sair com um bebê. Mas, como acontece com todo o resto, você pega prática. Esse post é um estímulo para que você crie coragem e ganhe o mundo com seu filho! Vou contar como eu faço.

Com 24 dias na Feira da Benedito Calixto
 Em primeiro lugar, você precisa ser adepta do sling. Ali o bebê dorme, mama, brinca com a mãe/pai, fica protegido do frio e do barulho. Só com carrinho a vida é muito mais difícil.
 Vai precisar de uma bolsa térmica também. Antes de sair, tem que pensar na rotina do bebê para conseguir levar todas as refeições que vai oferecer durante o passeio. Leve coisas já picadas pra não precisar de utensílios e tenha à mão finger food, tipo ameixa seca (é o chocolate da Nina) ou maçã assada  (fatia, espalha pelo prato e deixa 3 min no micro depois esfria na geladeira), que quebram um galho. Se seu filho for maior e já comer a comida dos pais, ponto pra você, facilita. Mesmo assim certifique-se de que vai encontrar um lugar confiável para comer pra não ter que alimentar seu bebê com um rissole.
Leve água. Pra vocês dois.
1 mês e meio, jogando ping pong
Fique atenta à previsão do tempo para levar mudas de roupas adequadas, sempre. Acho que é assim que nasce o talento das nossas mães para saber quando devemos levar guarda-chuva ou casaco. Aqui em São Paulo tudo pode acontecer num dia qualquer. Passar calor também não é legal, tem que garantir o conforto do bebê pra sair sem ficar se sentindo culpada ou ter que voltar pra casa por causa disso.
Leve brinquedos e livros para entreter a criança. Não precisa muito, um chocalho que dê para morder, um boneco pequeno ou fantoche já ajudam.
Tenha um cueiro ou algo assim para apoiar o bebê caso precise trocá-lo na grama, ou em um banco.

3 meses e meio, 1ª trilha
Eu sugiro que coloque todos os itens em uma mochila, eu demorei para abandonar a tradicional bolsa e adotar a mochila. Deveria ter feito isso desde o começo. A minha é um modelo comum, mas existem algumas específicas pra bebês, com divisões mais espertas.
 Estando munida de todos esses itens, escolha lugares onde seu filho possa conviver com cultura, com a natureza, enquanto você encontra os amigos.
 Pra finalizar, carregue sempre consigo o bom senso, seu bebê vai dar sinais quando estiver cansado, não os ignore.
 E você, tem alguma dica? Divida com a gente nos comentários.

1 ano, dormindo na mesa do bar

Aos 10 meses, pulando Carnaval  
Viradinha Cutural, 1 ano e 2 meses