5 pra meia-noite e estávamos na casa do vovô, a uma quadra e meia da praia. 'Mães estão sempre atrasadas', você pode pensar. Mas não, não é isso. Estávamos exatamente onde ficaríamos. Nina passou mal e teve seu primeiro episódio de vômito em seus lindos 2 anos e 9 meses de vida. nem quando era bebê ela gorfava.
Me vi então na minha recente carreira de mãe solo, com um lindo vestido novo amarelo-prosperidade (já de zíper aberto para facilitar o trabalho do mamágico que pretende resolver tudo), passando por essa novidade com uma calma improvável.

E balde. Pra nós duas, porque um pouco depois que todos saíram em busca das 7 ondinhas fui eu quem começou a vomitar como um aprendiz de marinheiro.
Toda mãe sabe o aperto que dá no peito ver a cria cabisbaixa e não poder resolver. E eu tenho aqui um exemplar cheio de empatia e delicadeza cuja preocupação foi ter sujado o vestido bonito da mamãe. Oi? Que vestido filha? Ah, esse? Não tem importância nenhuma, depois a mamãe lava, depois a mamãe usa, depois a mamãe faz uma festa de réveillon só nossa.
Eu sempre achei que datas como esta são demasiadamente humanas para serem levadas em consideração. Não que não gostasse da farra toda, mas era como um pretexto, nada a que me apegasse fortemente. Só que no dia 31, mais cedo, me veio às mãos um texto muito legal sobre sincronicidade jungiana e réveillon, que falava sobre como o fato de tantas pessoas estarem vibrando esta renovação a que o ano-novo remete faz sim uma grande diferença, já que conseguimos influenciar o mundo ao nosso redor, em maior ou menor intensidade de acordo com nosso desenvolvimento, de modo surpreendente. E nessa data quase todo o planeta está focado nessa mudança simbólica e esse clima nos afeta.
Então, em vez de lamentar por ter ficado em casa na virada, resolvi aproveitar a atmosfera de mudança e renovação para reativar o blog. Espero dividir com vocês boas reflexões. Usem os comentários para trocarmos ideias.
Vamos nos jogar em 2015!